“A Expodireto atingiu um patamar de excelência, uma coisa inimaginável há alguns anos. O Nei Manica para mim é um conselheiro, uma pessoa que me inspirou, um líder que através do seu trabalho transformou a Expodireto Cotrijal neste sucesso que é hoje.” É neste tom de quem conhece a importância do evento e do tema agronegócio, que o presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Ernani Polo, começa a sua fala.
Ele participa da Expodireto desde a primeira edição. Primeiro, porque é agricultor, depois como homem público: vereador, deputado estadual, secretário da Agricultura e agora, conduzindo o legislativo gaúcho. A presença de Polo, uma das principais autoridades estaduais, que como já é tradição passou a semana na feira, gerou uma série de interações com as entidades do setor e com os agricultores. Foram diversas reuniões para tratar de temas pontuais e reivindicações esperançosas, no decorrer de um verão, que teve a produção castigada pela falta de chuva.
Apoio para enfrentar a estiagem foi a principal demanda
Na primeira semana após a Expodireto, Ernani Polo, o presidente da Cotrijal, Nei Manica e o governador, Eduardo Leite, encabeçaram uma comitiva gaúcha que se reuniu com a Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Tereza Cristina, em Brasília, para tratar sobre a reivindicação prioritária da feira, a seca no estado.
Segundo Polo, são muitas realidades diferentes entre os produtores atingidos. Para aqueles que estão dentro do sistema bancário, a ministra acenou para a prorrogação dos contratos e custeio de investimentos. Já para os que financiaram as suas lavouras direto com cooperativas e cerealistas, uma equipe do ministério vai buscar uma possibilidade de linha de crédito junto ao BNDES. O grupo que plantou com recursos próprios também terá o caso avaliado.
Seguro de renda pode salvar os produtores
Outro assunto que está em fase inicial de discussão, mas que solucionaria o problema de quem sofre com fatores climáticos é a criação de um seguro de renda para o produtor rural. “A partir de um fundo garantidor, o produtor teria um valor indenizado que cobriria o seu custo de produção e mais uma renda para ele sobreviver até a próxima safra. A gente não chegou lá ainda, mas estamos caminhando nessa direção”, reforçou Ernani Polo.