Mais de 500 estrangeiros passaram pela Expodireto 2020

Área internacional registrou expositores inéditos e crescimento de delegações

Eles são visitantes que vêm de muito longe, mas com foco em negócios. A participação mundial na Expodireto Cotrijal reflete em incremento de exportações de máquinas e implementos agrícolas, de fabricantes brasileiros e, principalmente gaúchos, já que o Rio Grande do Sul detém 60% da produção desses equipamentos, no Brasil. “Nenhuma outra feira do agronegócio brasileiro recebe tantas delegações estrangeiras quanto a Expodireto, o que a transforma na mais internacionalizada do setor, no País”, ressalta Evaldo Silva Junior, coordenador da Área Internacional.

Passaram pela feira aproximadamente 500 estrangeiros, vindos de 71 países. “Este é o número contabilizado, porque devido à grande divulgação internacional, muitos outros vêm diretamente a convite dos expositores ou vêm por sua própria ação, com inscrições feitas junto às embaixadas e câmaras de comércio”, explica Junior.

A diversidade de temas tratados nas palestras, seminários e painéis chamaram a atenção dos participantes, e os principais foram voltados para o produtor rural e para o expositor que trabalha com comércio exterior.

Boa notícia trazida pelo Ministério das Relações Exteriores
Em palestra no auditório da Área Internacional, o diretor do Departamento de Promoção do Agronegócio do Ministério das Relações Exteriores, Alexandre Ghisleni, abordou negociações com o Mercosul e com a Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA sigla em inglês) e o que isso representa de perspectiva. “A notícia que eu vim trazer é que esses acordos serão úteis para o produtor gaúcho e brasileiro, porque eles abrem possibilidades concretas de expansão das exportações em alguns itens que já são caros para a pauta exportadora do estado e do País. É um assunto de muito interesse do estado e dos produtores da região.” O prazo para que o acordo entre em vigor será, em média, daqui a dois anos. Alguns produtos terão tarifa zero, como é o caso do tabaco e calçados. Outros terão um período de desgravação, de zero a sete anos, é o caso do óleo de soja e de algumas preparações de carne.

Diversidade de países
O coordenador da Área Internacional destaca a participação de alguns países como a Alemanha, que teve um pavilhão específico, com oito empresas expositoras, a Argentina com duas e a Itália com uma. A novidade deste ano foram os expositores israelenses e paraguaios. “E fora isso tem os compradores, que vêm para fazer negócios aqui. Países que vieram com delegações grandes, como a Nigéria e o Paraguai. Além disso, tivemos a participação mais efetiva da Índia, realizando palestras, reuniões e rodadas de negócios com expositores”, detalha Evaldo Silva Junior.

Israel
A Missão de Israel veio com duas pessoas: Eduardo Gross, head de Novos Negócios e Moshiko Frenkel, head de Inovação, ambos da Inna IMC, uma agência, que promove o ecossistema de inovação israelense. A empresa tem uma metodologia de aproximação dos países baseada em seis passos divididos em dois blocos: um voltado para o conhecimento humano e o outro para questões técnicas e de negócio. O ponto de partida são as imersões em Israel, somando os conhecimentos técnicos e empíricos para fazer a capacitação. “O segundo passo é participar de parque tecnológico no Brasil, se estabelecendo como um centro de apoio à inovação e à pesquisa israelense”, explica Gross.

Canadá
O Canadá esteve representado pelas empresas Bala Group e Missão Canadá. O objetivo da participação na Expodireto, segundo Cléberson Vieira, diretor da Bala Group no Brasil, foi identificar projetos na área de tecnologia e inovação para o agronegócio. “A nossa ideia é fomentar esses projetos, fazendo com que eles cruzem a fronteira do Brasil para o Canadá e vice-versa.” A empresa, com sede em Toronto, é um mix de incubadora, aceleradora e fundo de investimento.

Intercâmbio
Entre as autoridades se destacaram o embaixador do Reino dos Países Baixos, Cornelis van Rij, da embaixadora do Senegal no Brasil, Fatoumata Binetou Rassoul Correa, o ministro da Agricultura e Pecuária do Paraguai, Rodolfo Friedmann Alfaro e do embaixador da Austrália, Timothy Francis Kane. Além de uma comitiva com jornalistas chineses.


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