Desafios para a correção do solo pautam debate durante Fórum Estadual da Conservação do Solo e da Água

Acompanhamento técnico para manejos mais adequados resulta em aumento de produtividade

Os desafios de manter um solo rico em nutrientes e favorável para uma drenagem adequada ao cultivo foram a pauta do 8º Fórum Estadual da Conservação do Solo e da Água. Realizado durante a 24ª Expodireto Cotrijal, o evento discutiu a importância do manejo adequado para o aumento da produtividade.

No painel “Dinâmica da fertilidade em solos produtivos e resilientes”, o palestrante Tales Tiecher, professor de Química do Solo na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), apresentou estudos de qualidade do solo e ressaltou a situação crítica da atualidade. “Avaliando a acidez no solo do RS, vemos que somente 10% estaria em condições boas no cenário atual”, revela.

De acordo com Tiecher, 40% das áreas do RS possuem ainda problemas graves de fertilidade do solo e 73% possuem baixo teor de fósforo. “Precisamos de uma força tarefa, envolver agentes de pesquisa e extensão, inclusive de financiamento, porque a correção do solo tem um custo muito alto. Vamos repensar como fomentar a utilização de corretivos e facilitar o acesso ao agricultor, pois representa mais produto, mais imposto e mais riqueza”, explicou o professor.

Importância do acompanhamento técnico

O engenheiro agrônomo da Cotrijal, Robinson Barboza, chamou atenção para a fitossanidade, os processos, a genética e a fertilidade do solo durante o painel “Manejo para altas produtividades”. Barboza também salientou que linhas de financiamento com juros acessíveis para o produtor rural são essenciais para viabilizar a correção do solo e, consequentemente, ampliar a produtividade.

O produtor Markus Gustavo Schmiedt, associado da Cotrijal Cooperativa, é um exemplo disso. “Primeiro trabalhamos na correção do solo e depois avançamos para aumentar a fertilidade”. Apesar do custo elevado e do longo período para a implantação, ele comemora o aumento de produtividade. “Se não tivéssemos esse aporte técnico nós estaríamos fazendo o que se fazia no tempo que precisava virar a terra toda, como há 20 anos. O importante é seguir as recomendações técnicas”, aconselhou Schmiedt.


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