Tecnologia, pesquisa e cooperativismo foram as prioridades na feira.
Presente na Expodireto Cotrijal, a CCGL (Central das Cooperativas Gaúchas Ltda) trouxe ao público as novidades em tecnologia para a produção de leite. O objetivo foi mostrar ao visitante tudo o que pode ser feito para facilitar o trabalho do produtor – desde um solo mais forte para alimentar o gado até um sistema de ordenha automatizada. Os projetos apresentados nos cinco dias feira estão de acordo com as necessidades da produção leiteira atual, onde há mais dificuldade em encontrar mão de obra, ou mesmo um pasto de qualidade em função da grande seca que atingiu o Rio Grande do Sul.
Pesquisa e tecnologia
A parte de pesquisa mostra ao produtor não apenas as novidades em tecnologia, mas também em manejo. “A CCGL traz a construção da produtividade, construção do solo, manejo, perfil e produtividade. A qualidade do solo, por exemplo, é essencial para períodos de estiagem”, observa Geomar Mateus Corassa, gerente de Pesquisa. “Estamos fazendo os primeiros monitoramentos em rede, com informação de qualidade. Estamos analisando a cigarrinha em mais de 50 pontos e a ferrugem em 24 pontos diferentes”, conta Geomar. Esse trabalho conta com a cooperação de uma rede privada de estações meteorológicas. A área de Pesquisa também demonstrou o funcionamento do drone de pulverização (para aplicação de ureia nas sementes finais) e o sensor que identifica a presença ou ausência de plantas daninhas.
Cooperativismo
A cooperação também esteve em foco no evento com a divulgação da plataforma Smartcoop, capitaneada pela Fecoagro-RS que reúne 30 cooperativas que recebem ferramentas de gestão e monitoramento das propriedades. Itens como tempo, alertas de clima, imagens de satélite para acompanhamento, ferramentas de gestão para a produção de grãos e leite são os principais benefícios oferecidos. “A agricultura digital, a quarta revolução. É isso que a Smartcoop representa”, destaca Raí Schwalbert, gerente da plataforma. Todos os serviços acessados são gratuitos. “Nosso objetivo é democratizar a informação. Na feira, auxiliamos os produtores a realizar seu cadastro e fizemos a navegação guiada”, pontua.
Ordenha automatizada
Com o intuito de levar melhores condições de trabalho ao associado, a CCGL levou à feira o projeto de automação para a ordenha. “Este é o primeiro projeto de ordenha robótica de base-pasto do Brasil, pois antes só era realizado em sistemas confinados. Através de um sistema automatizado, a vaca busca a ordenha de forma espontânea, sem a necessidade de uma pessoa para conduzi-la.”, explica Luís Otávio da Costa de Lima, engenheiro agrônomo e supervisor técnico de Pesquisa, Tecnologia e Produção de Leite. “No momento, nossa proposta é validar o sistema, visto que 90% dos nossos associados seguem trabalhando com pastagens”, destaca Lima. O projeto faz parte do Tambo Experimental, que é uma unidade de pesquisa de produção de leite, onde os trabalhos são voltados à facilitação de mão de obra.