Valdeci Oliveira, líder do parlamento gaúcho, busca resultados imediatos e duradouros para o enfrentamento das adversidades climáticas.
A seca que atinge o Estado pelo terceiro ano consecutivo, o desabastecimento e os demais efeitos do pós-pandemia têm tirado o sono dos agricultores gaúchos. Contudo, as dificuldades enfrentadas pelo setor primário são uma preocupação constante do legislativo estadual, também. Desde que assumiu a presidência da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Valdeci Oliveira vem cobrando soluções concretas e imediatas para a manutenção do agronegócio gaúcho e, principalmente, da agricultura familiar.
Presente na abertura oficial da Expodireto Cotrijal 2022, o líder do Legislativo gaúcho apresentou dois movimentos articulados pela Assembleia Legislativa, em prol do setor agrícola: a missão oficial à capital federal e a constituição de uma Comissão de Representação Externa do parlamento para acompanhar as medidas e os impactos causados pela crise hídrica.
"Fomos até Brasília para dizer ao governo federal que no Rio Grande do Sul também há seca, e que há uma necessidade urgente de criação de políticas públicas de curto, médio e longo prazos. Não políticas de governo, mas de Estado. Essa tem de ser a prioridade tanto lá como aqui", avaliou Oliveira.
Apesar dos gaúchos estarem passando por uma das piores estiagens da história, o agronegócio não parou nesses dois anos de pandemia. O deputado salientou que os impactos da seca podem ser percebidos por toda a população, especialmente pela queda no fornecimento de alimentos e a alta dos preços dos produtos nos supermercados.
Segundo o presidente da Assembleia Legislativa, as políticas públicas devem possibilitar com que o agricultor possa conviver com as adversidades climáticas. "Se não tivermos a capacidade de atuar com a prevenção, vamos encarar a estiagem e os problemas decorrentes somente quando ela chegar, iremos lembrar apenas quando ela se apresentar. Só que já será tarde”, pontuou Valdeci. "O compromisso que trago é lutar não apenas para realizar reuniões, mas pela busca por ações permanentes, pois estamos falando também de geração de renda, emprego, divisas e, principalmente, de segurança alimentar".
Contato direto com os agricultores
O deputado Edegar Pretto, coordenador da Comissão de Representação Externa para acompanhar os impactos da estiagem, também esteve na Expodireto e pontuou que a esta é um problema, mas há muitas outras questões estruturantes para preparar o Estado para a próxima seca.
“Temos de constituir uma cultura de convivência com a seca, porque um ano sim, o outro não, ou anos seguidos, a seca vai estar no nosso Rio Grande”, sentencia. O deputado defendeu, ainda, que essas ações de combate às perdas agrícolas devem ser previstas em orçamento, para que se mantenham ao fim de cada mandato.
A força do agro já obteve alguns resultados:
No penúltimo dia de evento, pressionado pelas lideranças do agronegócio gaúcho, o governo federal se comprometeu a liberar R$ 2,8 bilhões para destravar o crédito rural para os produtores prejudicados pela estiagem.
No mesmo dia, em reunião virtual com a direção da Cotrijal, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, informou a liberação de R$ 1,2 bilhão para rebate de parcelas do Pronaf.
E em 15 de março, foi realizada a primeira reunião do Fórum Permanente de Combate à Estiagem, uma demanda apresentada pela Assembleia Legislativa e movimentos sociais do campo vinculados à agricultura familiar. Participaram do encontro os representantes da Farsul, Ocergs, Famurs, Defesa Civil, cooperativas, secretários estaduais e parlamentares.