O Rio Grande do Sul tem 12% da área de plantio de verão ocupada pela cultura do milho. O ideal seriam 33% para se obter um equilíbrio ambiental e econômico no sistema de produção, segundo dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER/RS-ASCAR). Para atingir essa meta, o governo do Estado criou o Programa Estadual de Produção e Qualidade do Milho (Pró-Milho), que foi amplamente divulgado durante a 21a Expodireto Cotrijal.
Após muitos encontros entre representantes do governo e setores da cadeia produtiva, se definiu que o programa trabalhará amparado nos seguintes eixos: produção, qualidade, crédito e comercialização. A Emater dá assistência desde a irrigação até a venda do produto. “Nós entramos como interlocutores para dar o suporte de gestão, profissionalismo e planejamento ao agricultor.”, detalha do diretor técnico da Emater, Alencar Paulo Rugeri.
Modernização dos processos após a colheita
Nos últimos anos houve um avanço significativo na velocidade da colheita e transporte. Porém, as etapas de secagem e armazenagem não tiveram melhorias. Com isso, a Emater/RS incentiva a ampliação no número de secadores de grãos e modernização dos procedimentos de recebimento, limpeza e secagem. “Não adianta chegar com o milho bom até o silo e depois ter perdas na qualidade”, acrescenta Rugeri.
Facilitação de crédito
No âmbito financeiro, a Emater/RS trabalha na ampliação das comercializações antecipadas e a utilização de mecanismos de travamento de preços, como contrato a termo, mercado futuro e contrato de opções. Também há mais rapidez nas contratações dos financiamentos de custeio e investimento, além de parcerias para financiar equipamentos de irrigação, secadores e armazéns. “O que queremos é que o milho tenha rentabilidade dentro de um sistema e não que o preço do dia determine a cultura que o produtor vai investir”, explica o diretor.
Abelhas sem ferrão
Em um dos espaços da Emater na feira, os apicultores mostraram uma variedade de abelhas e mel de alta qualidade. Um deles, Valdir Maurer, 60 anos, levou de Carazinho, RS, uma parte de sua criação de abelhas sem ferrão. Segundo ele, elas fazem sucesso por serem dóceis e não oferecerem perigo. “Já vendi caixa para criarem em apartamento”, conta. O mel desta espécie tem mais nutrientes, em comparação ao produzido pela abelha apis, com ferrão, e o quilo pode chegar a custar R$100.”