Expodireto realiza o 1º Fórum da Carne Bovina

Carne Bovina

Mesa de abertura: Marjorie, Manica, Barris e Diel. Foto Choks/Divulgação.

Com o objetivo de fortalecer o segmento e reforçar sua importância no ramo da alimentação, a Expodireto Cotrijal foi palco do 1º Fórum da Carne Bovina. Com o tema ‘Visão contemporânea da pecuária de corte a partir de movimentos estratégicos da cadeia de produção’, o evento apresentou os principias cenários e direcionamentos do setor.

O Brasil pode alimentar o mundo

O cenário mundial aponta para o Brasil como o país que pode gerar segurança alimentar ao mundo todo. O assunto foi abordado pelo ex-ministro da Agricultura e embaixador do cooperativismo pela ONU (Organização das Nações Unidas), Roberto Rodrigues, na palestra ‘O agronegócio brasileiro: como se posicionar nesse momento de instabilidade’. Segundo ele, o Brasil tem uma condição única de trazer tecnologia dos Estados Unidos e resolver a pauta de alimentação.

“Os avanços tecnológicos permitem aumentar as taxas de produtividade na agricultura sem desmatamento”, apontou Rodrigues, destacando que a segurança alimentar é a única garantia de avanço no país, mesmo em um cenário internacional de tensão.

De acordo com Rodrigues, há uma nova bipolaridade entre Ocidente e China, que lutam pela liderança e protagonismo. “Em breve teremos dois grandes grupos de países globalizados, e o Brasil é um país ‘pendurado’ na China. Isso pode gerar muitas antipatias, mas é uma das maiores oportunidades”, avaliou.

Um estudo do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indica que, em dez anos, a segurança alimentar deve crescer 20%. “Nenhum país do mundo cresce 20%, mas o Brasil tem as condições para esse crescimento”, sustentou. De 1990 até agora, a área plantada brasileira dobrou e a produção cresceu em quatro vezes.

Sustentabilidade em foco

A agroenergia pode ser o futuro da agropecuária brasileira. De acordo com Domingos Velho Lopes, ex-secretário de Agricultura do RS e diretor vice-presidente da Farsul, fontes de energia como etanol, biogás, bioeletricidade e hidrogênio verde (que logo chegará ao mercado) podem se tornar um forte nicho de mercado. O tema da sua palestra foi ‘Os desafios e as alternativas de produção pecuária sustentável no RS’.

Segundo ele, somente nos últimos dez anos, as energias limpas apresentaram uma taxa média de crescimento de 4,54%. “Há uma perspectiva de aumento da produção de carne bovina no Brasil. De 288.641 milhões de toneladas em 2022 para 367.571 milhões de toneladas em 2030” destacou.