Irrigação e mudanças climáticas são temas centrais da 24ª Expodireto Cotrijal

Primeiro dia da feira foi marcado por chuva e grande público no parque

Diferentemente de anos anteriores, a Expodireto Cotrijal começou com tempo chuvoso na manhã de segunda-feira. Porém, não impediu que um grande número de autoridades federais, estaduais e municipais marcassem presença no Auditório Central do parque, para a abertura da 24ª edição de uma das maiores feiras do agronegócio brasileiro.

Logo no início, o presidente da Expodireto Cotrijal, Nei César Manica, lembrou da grandeza do evento, totalizando 577 expositores em uma área de 131 hectares, e estimativa de receber 320 mil visitantes. Número superado em mais de 50 mil pessoas. Ele ainda destacou as expectativas e a importância do debate sobre temas que afetam o Estado e os produtores rurais, como a dificuldade de irrigar o solo e medidas para o armazenamento das águas da chuva. “Realizamos a organização da Expodireto com muito carinho e dedicação para que tenhamos um palco em busca da tecnologia, informação e inovação. Tenho certeza que muitas ações serão realizadas”, afirma. “O Rio Grande do Sul tem sofrido com problemas climáticos, vamos sair da feira com obras concretas na questão da irrigação. Espero que ano que vem não precisemos falar desse tema.”

Além de ações para reverter as consequências dos imprevistos do mau tempo, Manica afirma que é preciso buscar entendimento para a criação de um fundo robusto para dar cobertura aos produtores em caso de secas.

Ações realizadas na prática

Para além da vontade de fazer algo, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), salientou que o Brasil deve ter medidas efetivas, como o maior Plano Safra do país. “Precisamos democratizar o crédito, sem deixar algumas pessoas com muito e outras com pouco. Vamos implantar o plano em 2024”, adianta ao comentar que os anos de 2023 e 2024 foram de muito trabalho diplomático, com 20 missões internacionais, abrangendo 39 países que antes não tinham relação com o Brasil.

Entre os temas destacados pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), estão a necessidade de novas ferramentas e tecnologias para o sucesso do agronegócio riograndense, assim como a sustentabilidade ambiental: “É preciso ter resiliência para suportar as mudanças, mas também ter financiamento e respaldo.” Com mais uma etapa lançada do Programa Supera Estiagem, Leite diz que a expectativa é alavancar em até 35% a área irrigada no Estado nos próximos três anos. Para isso, haverá um aporte de R$ 200 milhões por parte do Governo do Estado ao longo dos próximos anos. “A máquina pública deve gastar menos com o governo e mais com o cidadão”, afirma.

A solução é o trabalho em conjunto

O prefeito de Não-Me-Toque, Gilson dos Santos (DEM), acredita que as tecnologias possibilitam alternativas, mas é preciso esforço conjunto para implementação das ações. “Muitas vezes não temos controle da situação, mas nós como gestores, devemos unir forças para transpor as dificuldades”, observa.

Nas esferas federais o tema da irrigação também foi pauta dos discursos. Representando a Câmara dos Deputados, o deputado federal Pompeo de Mattos declarou que “a luta do agricultor precisa ser reconhecida, respeitada e valorizada.”

Inteligência artificial e tecnologias a favor dos produtores

Presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Adolfo Brito fez um apelo ao ministro Fávaro para que o tema da irrigação no Estado seja pauta constante dos debates, e apontou que, se Israel sendo um país com pouca chuva - cerca de quatros vezes ao ano -, há reserva de água, é preciso criar no Brasil uma lei que proteja os produtores rurais para que tenham água em suas produções.

Segundo o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), com a modernidade da inovação e inteligência artificial, presentes na agricultura, há mais chances de bons resultados na área. “Nós precisamos de uma política que reconheça que se o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 2,9% em 2023, a agropecuária cresceu 15,1%, ou seja, cinco vezes mais do que o país”, avalia.

Autoridades

Além das autoridades citadas, compareceram também na cerimônia de abertura da feira o vice-presidente da Cotrijal, Ênio Schroeder; presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Alberto Delgado Neto; procurador-geral da Justiça, Alexandre Saltz; defensor Público-geral do Estado, Antônio Flávio de Oliveira; senadores Luis Carlos Heinze e Hamilton Mourão; ex-governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Jr.; vice-prefeito de Não-Me-Toque, Gilson Trennepohl; Presidente da Câmara de Vereadores de Não-Me-Toque, vereadora Vanise Fritzen da Silva; Cônsul-geral da Alemanha, Marc Boghdan, representando a delegação internacional; presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Marco Peixoto; vice-presidente de Agronegócio e Agricultura Familiar do Banco do Brasil, Luiz Gustavo Braz Lage; embaixador da Expodireto, Paulo Sérgio Pinto; titular da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Giovane Feltes; titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini; superintendente do MDA no Estado, Milton Bernardes, representando o Ministro do MDA; presidente da Conab, Edegar Pretto; superintendente da Caixa, Ricardo Bier Troglio; presidente do Banrisul, Fernando Lemos; presidente do Complexo Hospitalar Santa Casa, Dr. Fernando Luchese; presidente do Sistema Ocergs, Darci Hartmann; presidente da Fecoagro, Paulo Pires; presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry; presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva; presidente da Famurs e prefeito de Campo Bom, Luciano Orsi; diretor superintendente do Sebrae/RS, Ariel Fernando Berti; presidente do Simers, Claudio Bier; presidente da ABPA, Ricardo Santin, e a Guarda de Honra de Não-Me-Toque.


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