O desafio de restabelecer o pleno escoamento da produção no Rio Grande do Sul

Transportes

Secretário Juvir Costella afirma que obras tem sido finalizadas dentro dos prazos estabelecidos. Foto: Divulgação Daer

Com 80% das rodovias afetadas pelas enchentes, a Selt trabalha para recuperar os acessos destruídos enquanto mantém novas obras em andamento

O escoamento da safra foi duramente atingido pelas enchentes de 2024. O principal desafio da Selt (Secretaria de Logística e Transportes) do Rio Grande do Sul é garantir a expansão da malha viária em paralelo ao trabalho de recuperação dos acessos destruídos pelas chuvas. O transporte rodoviário de cargas reduziu 18% no comparativo entre 2023 e 2024, de acordo com o levantamento realizado pela plataforma de transportes Frete.com.

Em entrevista à Exporevista, durante a 25ª Expodireto Cotrijal, o secretário de Logística e Transportes do estado, Juvir Costella, afirma que o objetivo do governo é manter todas as obras em andamento, mesmo diante do trabalho de reconstrução de 80% da malha viária do Estado, que tem sido executado em dentro dos prazos estabelecidos.

O prejuízo foi de mais de R$ 3 bilhões, contabilizando apenas estradas e pontes. “Hoje é possível chegar a todos os municípios. Os acessos que ainda não foram reconstruídos estão com passagens provisórias, obras em andamento ou ainda em fase licitatória. Tudo isso dentro de poucos meses”, enfatiza.

Elevação dos custos logísticos

O aumento do preço dos produtos produzidos no campo chegou ao consumidor por diversos fatores, e um deles foi a elevação dos custos logísticos do frete. Houve atraso na distribuição das safras, o que afeta a competitividade dos agricultores e o abastecimento interno, ampliando os desafios do setor diante desse novo calendário agrícola.

Mesmo assim, Costella reitera que a Secretaria tem trabalhado incansavelmente para restabelecer, modernizar e ampliar a malha viária. “Neste governo, obra que começa é obra que termina! É essencial a rápida recuperação das rodovias para minimizar os prejuízos e garantir a retomada plena da atividade econômica no campo. Ajudar a recuperar o Rio Grande do Sul e encurtar as distâncias é minha obrigação e o legado que deixarei para o meu neto e para a população gaúcha”, emociona-se o secretário.