Estado prevê melhorias em 3,6 mil km da malha rodoviária gaúcha

Entrevista

Recuperação da ERS-126 entre Ibiraiaras e São Jorge. Daer/Divulgação

Secretário dos Transportes, que esteve na abertura da Expodireto, destaca que 2021 terminou com R$ 750 milhões em investimento, de um total de R$ 2 bilhões.

A recuperação das estradas é uma das prioridades para o governo do Rio Grande do Sul. Por meio do programa Avançar, 3,6 mil quilômetros receberão melhorias, entre pavimentação, recuperação e ampliação de rodovias. O programa vai utilizar R$ 1,6 bilhão, grande parte dos R$ 2 bilhões destinados à malha gaúcha desde 2019 pelo Piratini. “Terminamos 2021 com R$ 750 milhões já em investimento, principalmente na recuperação de trechos pavimentados que se encontravam em condições precárias de trafegabilidade”, afirma o secretário estadual de Transportes, Juvir Costella, que participou da abertura da Expodireto Cotrijal.

Entre as obras já realizadas, o secretário destaca a realização de intervenções em pontos críticos, que vão além das operações tapa-buracos, e de reparos nas camadas do pavimento, com recapeamento e pintura para reforçar a sinalização.

Acesso asfáltico

Outro ponto ressaltado por Costella foi o acesso a municípios. O secretário destaca que 11 obras de ligação asfáltica já foram entregues, e outras 28 estavam em andamento. Assim, o número de cidades gaúchas sem acesso pavimentado cairá mais de 60%, passando para apenas 23 até o final da gestão de Eduardo Leite. “Em 2019, tínhamos 62 municípios ainda sem acesso asfaltado. É um absurdo que, em pleno século XXI, haja tantas comunidades que ainda não usufruam de ligação pavimentada até sua cidade”, afirma.

Integração de modais

Além das estradas, o governo também investe em outros modais. “Estamos com 19 voos comerciais que interligam o interior gaúcho a Porto Alegre e outras grandes cidades do país. Da mesma forma, nossos portos estatais vêm batendo recordes consecutivos de movimentação de cargas”, afirma.

Costella destaca a ampliação e modernização do Aeroporto Lauro Kortz, em Passo Fundo. Quando a obra for concluída, o terminal será o segundo maior do estado. A gestão ficará por um ano com a Infraero, e depois será concedida à iniciativa privada.

Em relação à via marítima, o estado obteve em 2020 a homologação do novo calado do canal de acesso no Porto de Rio Grande, permitindo a chegada de navios com grande capacidade de carga. A realização ajudou no escoamento da supersafra de soja registrada em 2021. “Além disso, estamos em fase adiantada no processo de mudança do regime jurídico da Portos RS – que administra os nossos três portos públicos. Passará de autarquia para empresa pública, com geração própria de recursos e maior autonomia”, destaca o secretário.